quarta-feira, 28 de abril de 2010

Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos

Unicelulariedade vs. Pluricelularidade

Seres heterotróficos - necessitam de obter os nutrientes do meio ambiente

Alguns modelos da ultraestrutura da membrana plasmática:

Langmuir (Inicio do séc.XX)

Modelo com uma única camada fosfolipidica

Corter e Grendel (1925)

Modelo com bicamada fosfolipidica

Davson e Danielli (1935)

Composto por bicamada fosfolipidica e camada proteica

Davson e Danielli (1954)

Composto por bicamada fosfolipidica, camada proteica e poros revestidosde proteínas.

Composto por:

1 - Bicamada Fosfolipidica

2 – Proteínas Periféricas

3 – Proteínas Integradas

4 – Glicoproteina

5 – Glicolipido



Por: Cátia Mendes

Data de Publicação: 20/04/2008

Fonte: http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/10obtencmateria.htm

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tecido Epitelial



O tecido epitelial, denominado por epitélio, é formado pelo conjunto de células semelhantes e justapostas, ou seja, uma camada de células coesas entre si, revestindo externamente a estrutura corporal de muitos vertebrados, por exemplo, do ser humano, realizando também a delimitação das cavidades internas, bem como formação dos órgãos e glândulas.


Esse tipo de epitélio normalmente possui uma de suas superfícies em contato com o tecido conjuntivo, intermediado pela lâmina basal, fornecendo além de suporte (pois se instala sobre as glicoproteínas), também a nutrição, já que não possui vasos sanguíneos.


Sua classificação pode variar de acordo com a morfologia das células, a estratificação e as
especializações.

Forma da célula

Nome

Característica

Epitélio Pavimentoso

Células achatadas

Epitélio Cúbico

Células cúbicas

Epitélio Prismático

Células prismáticas

Epitélio de Transição

Células com formato variável

Estratificação (número e aparência das camadas celulares)

Nome

Característica

Epitélio Simples

Constituído por uma única camada de células

Epitélio estratificado

Constituído por mais de uma camada de células

Epitélio Pseudo-estratificado

Constituído por uma única camada de células de diferentes tamanhos

Especializações

Nome

Característica

Presença de cílios

Finíssimas projeções na superfície apical de algumas células: da tuba uterina e da traquéia

Presença de uma delgada camada queratinizada

Proteínas que conferem propriedade impermeabilizante

Da combinação dessas características, temos os seguintes tipos de tecidos:


- Epitélio pavimentoso dos alvéolos pulmonares, proporcionando a hematose do sangue, permitindo a passagem de oxigênio para as hemácias;

- Epitélio cúbico simples dos rins, com função de absorção e secreção;
- Epitélio cilíndrico simples do intestino delgado, efetuando a absorção do alimento digerido;
- Epitélio estratificado pavimentoso, exercendo a função de proteção revestindo todo o nosso corpo (a epiderme);

- Epitélio cilíndrico pseudo-estratificado e ciliado da traquéia e brônquios, desempenhando função de proteção, remoção e eliminação de impurezas na via respiratória;
- Epitélio de transição da bexiga, com função de distensão e retração (propriedade elástica) de acordo com o teor de urina armazenada.


Curiosidade: A epiderme juntamente com a derme, forma o maior órgão do corpo humano (a pele), com proporção média igual a 2m2 de área. A proximidade e a adesão entre suas células, em conseqüência às junções comunicantes, e mesmo pela presença de queratina, estabelecem o primeiro bloqueio fisiológico contra agentes patogênicos (que causam doenças).

- Epitélio glandular: tecido especializado na síntese de secreções (hormônios, enzimas digestivas e substâncias como: o suor, as lágrimas, gametas e o leite). Podem ser endócrinas, exócrinas ou mistas.


Glândulas Endócrinas
hipófise, tireóide e a supra-renal;

Glândulas Exócrinas sudoríparas, sebáceas e salivares;

Glândulas Mista (anfícrina) pâncreas, fígado e as gônadas.


Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia / Fonte: Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Classificação do Leucócitos

Classificação dos leucócitos

Granulócitos (apresentam grânulos no citoplasma)

Agranulócitos (não apresentam grânulos no


Neutrófilo

Eosinófilo

Basófilo

Linfócito

Monócito

Característica geral

Núcleo geralmente trilobulado.

Núcleo bilobulado

Grânulos citoplasmáticos muito grandes, chegando a mascarar o núcleo

Núcleo muito condensado, ocupando quase toda a célula

Núcleo em forma de rim ou ferradura

Função

Fagocitar elementos estranhos ao organismo

Fagocitar apenas determinados elementos. Em doenças alérgicas ou provocadas por parasitas intestinais há aumento do número dessas células

Liberar heparina (anticoagulante) e histamina (substância vasodilatadora liberada em processos alérgicos)

Linfócitos T auxiliares ou células de “memória imunológica” orientam os linfócitos B na produção de anticorpos; linfócitos T supressores determinam o momento de parar a produção dos anticorpos; linfócitos T citotóxicos que produzem substâncias que mudam a permeabilidade das células invasoras (bactérias) ou de células cancerosas, provocando sua morte.

Linfócitos B, que formarão os plasmócitos do tecido conjuntivo, são os responsáveis pela produção de anticorpos específicos no combate imunológico aos antígenos invasores.

Fagocitar bactérias, vírus e fungos

Nº aproximado em cada mm3

4.800

240

80

2.400

480

domingo, 25 de abril de 2010

Aparelho Circulatório

O coração começa a bater por volta do 22º ao 24º dias, iniciando assim a circulação sanguínea no embrião e seus anexos.

Os primeiros vasos sanguíneos aparecem no mesoderma que reveste o saco vitelino. Aí formam-se pequenos acúmulos de células, as ilhotas de Wolff, que diferenciam-se em células endoteliais. As células situadas mais ao interior tornam-se livres e diferenciam-se em células sanguíneas primitivas.

Por volta da quarta semana surgem os vasos intra- embrionários que se ligam à rede vascular do saco vitelino através dos vasos vitelinos e também dos vasos umbilicais.


Com cerca de 26 dias o sistema cardiovascular embrionário é como esquematizado.





Desenvolvimento do coração: durante a gastrulação o mesoderma cardiogênico sofre um processo que o divide em dois folhetos: um visceral e outro parietal que delimitam a futura cavidade pericárdica.

No folheto visceral formam-se ilhotas de células mesenquimais que confluem compondo dois tubos endocárdicos próximos a endoderma, que mais tarde se fundem formando um tubo cardíaco único. Simultaneamente a esplancnopleura forma um espessamento que originará o miocárdio e o folheto visceral de pericárdio.



No tubo cardíaco dessa fase é possível reconhecer o bulbo aórtico, o bulbo cardíaco, o ventrículo primitivo, o átrio primitivo e o seio venoso. A etapa seguinte do desenvolvimento compreende uma torção do tubo cardíaco e a septação de suas câmaras, que deixam de estar em série e ficam lado a lado.



Desenvolvimento dos vasos: A medida que ocorre a formação do tubo cardíaco tem início o processo de formação dos vasos. Eles surgem basicamente da mesma maneira que os vasos existentes no territórios extra- embrionário. Células mesenquimais se diferenciam adquirindo forma de tubos cilíndricos apresentando uma luz. Esses tubos se fundem originando os vários vasos do feto.

sábado, 24 de abril de 2010

Lesões Musculares


Introdução

O músculo esquelético é dividido em dois tipos de fibras, dependendo de sua atividade metabólica e sua função mecânica.

As fibras tipo 1, conhecidas como vermelhas, lentas, têm baixa velocidade de contração e grande força de contração. Elas funcionam aerobicamente e são resistentes à fadiga.

As fibras tipo 2, conhecidas como fibras rápidas ou brancas, são subdivididas em dois tipos, de acordo com seu nível de atividade metabólica. Ambos os tipos são fibras de contração rápida e têm elevadas força e velocidade de contração.

Acredita-se que a proporção de fibras tipo 1 e 2 nos indivíduos sejam definidas geneticamente, com pouca capacidade de interconversão de um tipo a outro. Já a interconversão entre os tipos 2, A e B, é muito mais comum, dependendo do tipo de treinamento atlético.


Prevenção de lesões musculares

As lesões musculares podem ser evitadas através de um bom condicionamento físico, aeróbico, trabalhando a força muscular adequadamente e mantendo um bom alongamento da musculatura esquelética.

Mecanismos de Lesão Muscular

As lesões musculares podem ocorrer por diversos mecanismos, seja por trauma direto, laceração ou isquemia. Após a lesão, inicia-se a regeneração muscular, com uma reação inflamatória, entre 6 e 24 horas após o trauma. O processo de cicatrização inicia-se cerca de três dias após a lesão, com estabilização em duas semanas. A restauração completa pode levar de 15 a 60 dias para se concretizar.

As principais causas de lesão são o treinamento físico inadequado, a retração muscular acentuada, desidratação, nutrição inadequada e a temperatura ambiente desfavorável.

As lesões musculares podem ser classificadas em quatro graus: grau 1 é uma lesão com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a fáscia muscular; grau 2 é uma lesão de um moderado número de fibras, também com a fáscia muscular intacta; lesão grau 3 é a lesão de muitas fibras acompanhada de lesão parcial da fáscia; grau 4 é a lesão completa do músculo e da fáscia (ou seja, ruptura da junção músculo-tendínea.


A lesão muscular por estiramento pode ocorrer nas contrações concêntricas ou excêntricas, sendo muito mais comum nesta última, com a falha freqüentemente ocorrendo na junção miotendínea.

O diagnóstico é realizado pelo exame clínico, em que se percebe a nítida impotência funcional e pelos exames complementares que podem auxiliar também no tratamento e na prevenção de novas lesões.

Exames laboratoriais, como de Sódio, Potássio, Cálcio, Fosfato, Magnésio, VHS, podem ser úteis em determinadas situações, a critério do médico.

Na suspeita de uma doença da tireóide, em que podem ocorrer lesões musculares de repetição, pode se solicitar exames de marcadores desta glândula.

Na suspeita de lesões ósseas, como avulsões, os exames radiográficos podem ser úteis.

A Ultrassonografia, a Tomografia e a Ressonância Magnética também podem ser consideradas para auxiliar no diagnóstico e tratamento, tendo em vista que a correta localização anatômica da lesão é fundamental para o tratamento e previsão de retorno ao esporte.

Tratamento

A imobilização do músculo após a lesão, como em qualquer outro tecido, pode levar a atrofia e portanto deve ser evitada. A perda de massa muscular ocorre rapidamente e depois tende a estabilizar e a perda de força ocorre simultaneamente. A resistência à fadiga diminui rapidamente.

Já a mobilização precoce aumenta a resistência das fibras à tensão, melhora a orientação das fibras e mantém uma adequada vascularização do músculo, evitando a atrofia muscular.

Deve-se instituir de imediato a aplicação de gelo local, repouso relativo e medicações anti-inflamatórias. Após dois a três dias inicia-se então o tratamento fisioterápico, com ênfase na mobilidade e fortalecimento muscular e melhoria da resistência. A seguir trabalha-se a procriação e o condicionamento geral do atleta, inclusive aeróbico e o retorno gradativo às atividades, com liberação completa ao esporte quando o atleta se encontrar nas mesmas condições pré-lesão e sentir segurança para retornar.

Para o retorno do atleta à atividade, este deve possuir uma amplitude de movimento articular normal, estar completamente sem dor, edema ou derrame, com uma força muscular de no máximo 20% da normal e condicionamento cardio-respiratório normal.

Referências Bibliográficas:

Noonan T.J., Garrett, W.E.: Muscle Strain Injury: Diagnosis and Treatment. J Am Acad Orthop Surg 1999; 7:262-269.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Idade da Pedra




A evolução na técnica de fabricação de utensílios de pedra ao longo da pré-história permitiu estudar e classificar as culturas humanas da idade da pedra. O conhecimento desse período, no entanto, não tem por base apenas os instrumentos produzidos pelo homem, mas também a análise dos restos de hominídeos fósseis, de animais e plantas, de artigos de osso e cerâmica, de pinturas e outros objetos artísticos.
Idade da pedra é o estágio cultural inicial do desenvolvimento humano, caracterizado pelo uso de instrumentos rudimentares feitos de lascas de pedra. Fase inicial da pré-história, divide-se em duas grandes etapas: o paleolítico, ou idade da pedra lascada, e o neolítico, ou idade da pedra polida. Do ponto de vista cronológico, estende-se desde a aparição dos primeiros utensílios que o homem fabricou, há cerca de 600.000 ou 700.000 anos, até a idade dos metais, quando a técnica de trabalhar a pedra foi substituída pela do metal. A idade da pedra compreende aproximadamente 98% do tempo de existência do homem sobre a Terra.



Paleolítico


Durante a primeira época do período quaternário, o pleistoceno ou era das glaciações, os hominídeos evoluíram para espécies de crescente inteligência, capazes de fabricar instrumentos. Os Australopithecus, cujos restos foram encontrados nas regiões leste e sul da África, na China e no Sudeste Asiático, parecem ter sido os primeiros a desenvolver uma primitiva indústria da pedra.
O Homo erectus, cujos restos foram encontrados sobretudo na África, China e Java, desenvolveu ao longo do paleolítico inferior diversas técnicas de entalhe da pedra, conhecidas pelos nomes dos primeiros sítios arqueológicos estudados. A maior parte dos instrumentos desse período corresponde a machados, fabricados pelo choque de uma pedra sobre os dois lados de outra para criar uma borda cortante. Esses machados, originários da África, onde se encontra o importante sítio de Olduvai, na Tanzânia, chamavam-se abbevillenses (do sítio arqueológico de Abbéville) e se difundiram por toda a Europa e a Ásia. Um tipo mais elaborado, fabricado pelo choque de madeira ou osso sobre a pedra, denomina-se acheulense (de Saint-Acheul).
Também é do paleolítico inferior a técnica levaloisense (de Levallois-Perret), que consiste na elaboração das lascas de sílex desprendidas de um núcleo de pedra mediante um golpe preciso. Semelhantes são os utensílios das culturas clactonianos (de Clacton-on-Sea, Reino Unido) e tayaciense (de Tayac).
Os ancestrais do homem moderno que povoavam a Terra no paleolítico médio, iniciado por volta de 125000 a.C., já eram da espécie Homo sapiens. Na África e na Ásia o progresso técnico se deteve na fabricação de machados, enquanto no nordeste do mar Negro e no centro e sul da Europa registrou-se o desenvolvimento de uma indústria mais sofisticada de utilização de pequenas lascas, com as quais se fabricavam instrumentos para raspar, pontas, lâminas cortantes etc. Essa cultura, representada principalmente pela técnica mustierense (Moustier), tem relação com restos do homem de Neandertal (H. sapiens neandertalensis) e se estendeu até a Ásia pela Palestina, o Curdistão, a Índia e a China.
Por volta do ano 65000 a.C., durante a quarta glaciação (Würm), a Europa começou a converter-se em foco da renovação da técnica de fabricação de utensílios de pedra. O paleolítico superior se caracterizou, em primeiro lugar, pela utilização em grande escala dos ossos e dos chifres de animais para fabricação de utensílios muito aperfeiçoados e variados: agulhas, buris, arpões, pás etc. As culturas do paleolítico superior estiveram relacionadas com a expansão do homem de Cro-Magnon e outras raças humanas semelhantes às atuais. A manufatura mais importante do período foi o aurignaciano (Aurignac), cultura que aparece vinculada a formas desenvolvidas de arte e práticas funerárias. Outras manufaturas do paleolítico foram a chatelperronense, semelhante à anterior; a perigordiana; a solutrense, caracterizada pelo retoque na superfície das lâminas; e a magdaleniana. Essa última cultura se destacou pela variedade de objetos de osso, a arte parietal e de mobiliário e pela invenção de um lançador de dardos.

Sociedade paleolítica. Os homens do paleolítico viveram em condições climáticas muito diferentes das atuais. Durante as glaciações, os gelos ocuparam grande parte do hemisfério norte. As regiões de baixas latitudes, que posteriormente se desertificaram, apresentavam então climas úmidos que permitiram o crescimento de densas florestas e variadas espécies de animais.
As comunidades humanas viviam essencialmente da caça, da pesca e da coleta de frutos silvestres. A caça era atribuição dos homens, que saíam em batidas nas quais renas, mamutes, bisontes, cavalos e outros animais eram acossados e apanhados em armadilhas. Os territórios de caça eram coletivos e a posse individual se limitava às armas e adornos pessoais. Habitantes de algumas regiões litorâneas coletavam moluscos, como comprovam depósitos de conchas encontrados em escavações arqueológicas. A coleta de frutos era tarefa feminina. Em geral as populações eram nômades, pois acompanhavam as manadas em seu movimento sazonal em busca de alimento. Viviam em cavernas e abrigos e, em fases avançadas, em choças cobertas de pele.
O nomadismo e a troca de objetos entre comunidades de caçadores permitiram a difusão dos avanços técnicos. Isso possibilitou aumentar cada vez mais a eficácia nas práticas de caça, o que se traduziu no crescimento demográfico e no surgimento de grupos sociais desligados das funções econômicas básicas. Desse modo surgiram as castas dedicadas à interpretação das crenças religiosas e à criação de obras artísticas de significado místico ou simbólico. No paleolítico superior, floresceu uma rica arte pictórica e de mobiliário, quase sempre relacionada a rituais de caça e de fecundidade. Pinturas de animais e cenas de caça como as de Altamira, na Espanha, e Lascaux, na França, e estatuetas que representam obesas figuras femininas, como a Vênus de Willendorf, expressam essas preocupações do homem paleolítico.


Neolítico
Entre 10000 e 9000 a.C. encerrou-se a última glaciação pleistocênica e teve início a época conhecida como holoceno. A mudança climática e as conseqüentes alterações do meio ambiente determinaram o início de um processo de transformação nas formas de vida humana.
Nas latitudes médias e setentrionais da Europa e da Ásia, o desaparecimento ou a migração em direção ao norte de algumas espécies animais adaptadas ao frio obrigaram as comunidades de caçadores a suprir suas necessidades de alimento com maior dedicação às atividades de coleta e pesca. A adaptação cultural às novas condições deu origem ao período mesolítico, que foi uma fase de transição anterior à idade dos metais e à aparição da economia produtiva. O período mesolítico não se verificou nas regiões semi-áridas do sudoeste asiático, na Meso-América, nas encostas litorâneas dos Andes e no sudeste da Ásia, onde se deu uma transição direta das formas de vida do paleolítico superior para a fase conhecida como neolítico ou da revolução agrícola.
A característica fundamental desse novo período, que representou um salto qualitativo na história da humanidade, não foi o desenvolvimento de uma nova técnica, a do polimento, na fabricação de utensílios de pedra, mas a substituição de um tipo de economia predatória pela produção de alimentos. A agricultura e a pecuária possibilitaram a sedentarização e o aparecimento de povoados permanentes, assim como de novos instrumentos, como moedores manuais e facas para cortar ervas. Esses novos utensílios se juntaram aos machados e lanças de caça herdadas da época anterior, que passaram a ser confeccionados com técnicas mais elaboradas. Outro elemento novo do neolítico foram os objetos de cerâmica, originados da necessidade de armazenar e transportar os produtos agrícolas.
A tecnologia de fabricação de instrumentos de pedra durante esse período demonstra a adaptação às novas necessidades. Os instrumentos de caça eram feitos por meio da técnica do polimento, que coexistiu com a antiga técnica do entalhe. As pontas de sílex se tornaram menores para que pudessem ser adaptadas a empunhaduras de madeira ou osso, e assim formar armas mais afiadas e cortantes. As novas formas econômicas determinaram, além disso, a utilização de pedras como o basalto, a calcita, a piçarra e o alabastro na fabricação de grande variedade de objetos: enxadas, maças, almofarizes, fusos, braceletes etc.



Origem e desenvolvimento da revolução neolítica. As primeiras formas de agricultura e pecuária apareceram na região oeste da Ásia, onde a crescente aridez obrigou as comunidades de caçadores e coletores a domesticar alguns animais locais, como o porco, a cabra e a ovelha, e posteriormente o cachorro, a vaca e o cavalo. Também a coleta de frutos foi substituída pelo cultivo incipiente de plantas como o trigo e a cevada.
Provavelmente uma das primeiras aglomerações sedentárias em que se praticou a agricultura permanente foi al-Natuf, na Palestina, onde se encontraram almofarizes, pratos circulares, facas e moinhos junto com peças típicas da economia de caça. Das primeiras aldeias de tamanho reduzido, como a de Jarmo, no Curdistão iraquiano, passou-se paulatinamente a aglomerações maiores, como as da Jericó pré-cerâmica, na Palestina; Hisar-I, no Irã; Hasuna e al-Obeid, no Iraque; e Çatal Hüyük, na Turquia. Essas aldeias, dos milênios sétimo e sexto anteriores à era cristã, já apresentavam alto grau de desenvolvimento arquitetônico e urbanístico.
A vida religiosa se manifestou, em Çatal Hüyük e em Jericó, nos funerais dos sacerdotes, onde apareceram ricos aviamentos, e em numerosas capelas e santuários com pinturas e relevos. O culto da deusa-mãe, herdado do paleolítico, se consolidou nessa época.
Por volta de 5500 a.C., o desenvolvimento das relações comerciais favoreceu o crescimento de aldeias maiores que prepararam o caminho para o surgimento das primeiras civilizações históricas na Mesopotâmia e Egito. No vale do Tigre e do Eufrates, floresceram as cidades de Eridu (5500-5000 a.C.), Halaf e al-Obeid (5000-3700 a.C.), onde se realizaram obras hidráulicas e se praticaram as primeiras formas de metalurgia. No Egito, as cidades neolíticas cresceram a partir do quarto milênio anterior à era cristã. Culturas como a de Badari aceleraram, a partir de 3700 a.C., a passagem para o período histórico da civilização egípcia.
Difusão do neolítico. A partir da região denominada Crescente Fértil -- que compreende o Egito e o Oriente Médio -- a revolução neolítica se estendeu ou surgiu em outras regiões do mundo antigo. Restos de cerâmica, aldeamentos mais ou menos permanentes e utensílios agrícolas comprovam a neolitização, que se concretizou em três direções: para o oeste, o norte e o sudeste. Para o oeste, o neolítico se estendeu por todo o mundo mediterrâneo, com características semelhantes às do Crescente Fértil. No norte da Europa e na Ásia, a agricultura se adaptou aos climas frios, adotaram-se diversos cereais, como o centeio, e se domesticaram bovinos, renas e cavalos. Para o sudeste, a Índia, a Indochina e o sul da China incorporaram espécies animais, como o búfalo, e vegetais, como o arroz, o painço etc., adaptados ao clima tropical. Na Meso-América e nos Andes, a revolução neolítica teve evolução independente entre os anos 5000 e 4000 a.C.


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Estudo da Embriologia

Após a fertilização do ovócito pelo espermatozóide tem início uma série de eventos que caracterizam a formação do zigoto e o desenvolvimento do embrião.

O zigoto é uma célula única formada pela fusão do óvulo com o espermatozóide e na qual estão presentes os 46 cromossomos provenientes dos gametas dos pais, cada um contendo 23 cromossomos.

A partir de 24 horas contadas após a fertilização, o zigoto começa a sofrer sucessivas divisões mitóticas, inicialmente originando duas células filhas denominadas blastômeros, depois quatro e assim sucessivamente. Os blastômeros ficam envoltos por uma membrana gelatinosa, a zona pelúcida.

Quando cerca de 12 blastômeros são formados, glicoproteínas adesivas tornam as células mais compactas, e por volta do 3º dia, quando os blastômeros somam 16 células a compactação é mais evidente. Esse estágio é então denominado mórula.

Já no 4º dia a mórula alcança o útero e passa a armazenar no seu interior fluido proveniente da cavidade uterina, fazendo com que ocorra o deslocamento das células para uma posição periférica e o surgimento de uma cavidade, a blastocele. O blastocisto, como é então chamado apresenta duas porções distintas: o trofoblasto, representado por uma camada de células achatadas e o embrioblasto, um conjunto de células que faz saliência com o interior da cavidade.

Cadeia Alimentar


Introdução

Dentro da cadeia alimentar ocorre a transferência de energia e nutrientes que segue a seguinte ordem: produtores (plantas), consumidores (animais herbívoros e carnívoros) e decompositores (fungos e bactérias).

Entendendo o funcionamento da cadeia alimentar

No que diz respeito aos nutrientes, este transporte é finalizado quando eles retornam aos produtores (processo facilitado pelos decompositores) podendo ser reaproveitados na forma de compostos mais simples. No caso da energia, esta não pode ser reaproveitada.

O primeiro nível da cadeia alimentar é formado por seres autotróficos (produtores) que sintetizam a matéria orgânica a partir de substâncias minerais e convertem a energia luminosa em energia química. Fazem parte deste primeiro nível as plantas verdes, as cianofíceas e algumas bactérias que realizam a fotossíntese.

Os demais níveis são formados por seres heterotróficos. Ao contrário do primeiro nível, estes seres não são capazes de produzir sua própria energia, por isso, eles necessitam de substâncias orgânicas produzidas por outros organismos. Fazem parte deste grupo todos os animais (herbívoros e carnívoros) e os decompositores (fungos e bactérias).



Os herbívoros pertencem ao segundo nível da teia alimentar. Estes animais são conhecidos como consumidores primários, pois se alimentam diretamente dos produtores.


Os carnívoros são seres vivos que se alimentam de outros animais. O carnívoro que se alimenta do animal herbívoro, é chamado de consumidor secundário.

Os decompositores são seres que se alimentam de matéria morta e excrementos. Eles possuem uma função muito importante dentro do ecossistema, pois transformam as substâncias orgânicas em substâncias minerais, sendo que estas, servirão novamente de nutrientes para os produtores como as plantas verdes.